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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O papel dos filhos como boias

Até eu, que não quero filhos, admito que a opção de tê-los é uma escolha maravilhosa para a vida de muitas pessoas. Reconheço o poder das crianças de iluminar uma casa e posso imaginar o orgulho de um pai ao assistir às grandes conquistas de um filho já crescido, entre outros deleites.

O que não consigo aceitar é a tentativa desesperada de remediar determinadas situações com filhos. Falo em situações, no plural, porque me ocorre facilmente mais de um cenário. Porém, daqueles que me vêm à mente, de longe o mais crítico é o casamento em crise.

A propósito, veja só a história que hoje me inspirou a abrir as intervenções de 2011 deste blog.

Jovem casal, de uma jovem relação (coisa de sete anos entre namoro e casamento), se depara com a falta (recorrente) de vontade dela em fazer sexo. Estado atual da esposa: desespero. Do marido: fúria. O que tem gerado a insatisfação dela na cama? Isso já não sei. Se a moça deseja outra(s) pessoa(s)? Também fico devendo a informação.

Na verdade, todo o meu possível interesse em mais detalhes deixou de aflorar quando soube da brilhante alternativa considerada para resolver o problema. Eureka! A solução cogitada por eles é um filho!

Se você um dia se encontrar em situação semelhante, por favor não comprometa (ainda mais) a felicidade de pelo menos três pessoas de maneira tão leviana. Diante das tantas responsabilidades que somos obrigados a assumir ao longo de toda uma vida, por que transferir um desafio dessa envergadura, de salvar um casamento, a quem ainda nem nasceu?

Ainda não elegi o melhor adjetivo para classificar essa escolha, de engravidar para ter um filho que sirva como boia para o relacionamento que naufraga. No momento, estou dividida entre "escolha cretina" e "escolha covarde". Você, leitor, me ajuda a decidir. Ou, por favor, me ajude a entender.

Um comentário:

  1. Eu diria que é uma escolha extremamente egoísta!
    E outra: a maior mentira do mundo é que filhos salvam casamentos. Completamente o contrário! Ou vc acha que a mulher em questão ia ter mais libido com um bebê recém nascido chorando sem parar?

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